domingo, agosto 27, 2006

Autumn


São as folhas secas do tempo que me trazem a dor e me fazem esquecer. Esta ansiedade de te amar passa no meu cabelo como a embriaguês Outonal de outros tempos. Espero e anseio…

sábado, agosto 19, 2006

Incompleto


É este o longo Inverno do meu descontentamento. O Inverno que tanto amo e me deprime. O Inverno que me faz amar e olhar pela janela fustigada pela chuva forte que cai sonorosamente na minha alma. As saudades são de não ter e de não poder. Sim é este o Inverno que me deixa solto nas noites sem dormir...

sábado, agosto 12, 2006

Fim de tarde


Penso claramente que a humanidade chegou ao seu limite. Sempre pensei que seria dos Portugueses, em muito provincianos e fechados numa mentalidade mais do que obsoleta e perdida nos confins da gaveta da inteligência.
Vejo que todos criticam guerras com ou sem sentido, até porque o que é bom é criticar e não entender o que se passa sequer à nossa volta.
As pessoas na sua grande maioria tornaram-se de tal maneira fúteis que não conseguem aproveitar metade do que lhes é dado. Refugiamo-nos na nossa própria ignorância e bebemos da nossa própria incompetência face ao que amamos.
Sim, isso mete-me nojo, quando quero simplesmente existir. Quando falo de países nórdicos onde as pessoas são civilizadas, sim nesses países no cantinho da Europa, no topo do mundo, vejo que se dá valor ao que se tem. Seja aquele raiozinho de sol que espreitou por entre as nuvens numa tarde Outonal, seja pelo calor que nos beija o corpo em mais um dia de Verão.
Vejo futilidades todos os dias, mas vejo cada vez mais que as pessoas tomam o caminho mais simples e aspiram apenas por ser mais do que alguém do que aspiram por ser alguém.
Sinto que morro lentamente… Ao ouvir o sabor de outros países, ao beber o som de outras gentes, e assim morro lentamente em mais uma etérea melopeia de fim de tarde.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Errata

Bem, isto começa a parecer um folheto de supermercado em que se torna necessário colocar as erratas dos preços. No último post ao falar de uma Rita não significa que o post fosse para alguma Rita. É apenas uma frase que se encontra num cd do Bernardo Sassetti. Quanto aos espaços que deixo em _ _ _ _, sinceramente que preenche imediatamente como Rita ou não está a ver bem o cenário ou não sei. Podem ser tantos nomes que nem vos passa pela cabeça. Alem de que a minha vida não são só Ritas lol.
Mais uma vez desculpem a confusão.

domingo, agosto 06, 2006

Fotografia

Perdi-me novamente em ti, novamente enquanto via mais uma foto em que sorrias plena e serena para a webcam que te enchia suavemente o rosto.
Sentia-me ansioso de ver novamente a tua face, agora tua mas raramente presente em ti.
Sorrio enquanto penso em ti, e solto uma de tantas lágrimas que me obrigam a esquecer. Após 4 longos anos manténs-te presente como farol absoluto patrulhando a minha mente, em busca de falhar naqueles segundinhos preciosos em que mais um humilde barco se quebra contra as rochas da falésia.
Faço merda mais uma vez. Impelido pela absurda falta de razão que me afecta o espírito, cedo estupidamente à tentação do que não deveria ter feito ou sequer pensado.
Ah _ _ _ _ dos olhos doces e beijos perdidos, como te perdes em mim nos momentos das estrelas, nos momentos da noite que tanto amo e em que tanto nos amámos humildemente. Mais uma estrela em tão nobre manto celestial.


“Para a Rita. Imagem eterna do sonho dos outros.” – Bernardo Sassetti