terça-feira, abril 20, 2010

E assim deixo uma série de 11 poemas que ou foram reciclados ou simplesmente surgiram do nada.

E assim deixei de existir.
Não pararam os céus ou o tempo que agora o começava a ser.
Não pararam os ribeiros distantes nem a água que caía dos céus.
A vida começara quando eu deixara de existir.
Deixava no mundo as palavras que começara a escrever.
As palavras que fizeram a noite.
As palavras que fizeram a manhã apaixonar-se pelos homens, nascendo o fim de tarde. Existia agora no vento que ajudara a criar.
Nas histórias dos homens que por ali iriam passar com as suas melodias belas e os trapos coloridos.
Existia nos rastos de luz que serpenteavam nas montanhas.
Existia nas máquinas que rugiam em caminhos distantes.
Existia por fim em ti.
Dizia-te por fim amor.
Dizia-te por fim que nunca iria partir.
Dizia-te sem ter mais que mentir.