sábado, abril 22, 2006

Rita...

Devo estar simplesmente doido ao escrever algo deste género, mas começo a pensar nas coisas de outra maneira desde que as entendi. Tive que fechar a porta do meu quarto. Uma porta fechada serve sempre para aquecer mais um pouco, ao som de mais mil e uma músicas deprimentes. É verdade que a saudade me corroi a alma, me faz doer os nós dos dedos nos dias mais frios, e me turva o pensamento, mas deixando de parte essas detestáveis metáforas, sinto-me sem ti.
Da ultima vez que quis falar contigo, percebi que nos ultimos anos ou só eu cresci o suficiente para entender muitas coisas, ou só eu mudei. Morro de saudades tuas sem dúvida. Não há um dia que passe em que não lamente certas coisas que fiz. Mas não lamento nada este tempo que passou. Deu para crescer, para conhecer, para aprender e mais do que tudo para evitar.
Ninguem é como antes, ou depois, seremos sempre quem somos, apenas de maneiras diferentes.
O amor estará sempre por lá. Seja numa Rita, numa Susana, numa Sónia, seja em que nome for. Agora o amor inventado por duas pessoas, numas escadas dum prédio envelhecido com carácter de urgência, estará sempre em nós, neles, em que esquece, em cada olhar em cada esquina. O amor inventado com urgência é e será sempre o que nos move a acreditar.

domingo, abril 16, 2006

Desabafo

Hoje acordei com uma leve sensação amarga no corpo. Sinceramente nem um filme estúpidamente violento, conseguiu resolver este problema que me afecta. Olho para alguns amigos, e sinto-me da mesma maneira como me sinto ao olhar para a água a passar nesta fotografia. Sinto-me encadeado pelo que passa, mas mais do que tudo sinto que as coisas passam por mim como se nada fossem, como se nada se tivesse passado. Custa que os amigos nem amigos sejam, sendo por vezes tristes sombras do passado que pressistem em não desaparecer, sugando para seu proveito a pouca energia que me resta.

quarta-feira, abril 12, 2006

See you soon

I can feel the sense of your skin on my clothes.
I hope to see you soon.

segunda-feira, abril 10, 2006

Absurdo

Hoje enquanto desenhava deu-me uma ligeira coceira no rabo. Como não sabia se era de estar na companhia de tão alegres companheiros de curso decidi ir-me embora. Claro que com isto não quero criticar ninguem, mas a coceira era tramada.

quinta-feira, abril 06, 2006

Time

Ao ler os comentários do meu ultimo post pensei logo dedicar esta música a quem os escreveu. Afinal de contas esta é uma das minhas músicas favoritas sendo tambem especial para uma grande amiga minha.

Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an off-hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then the one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun
And you run and you run to catch up with the sun, but it's sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in the relative way, but you're older
And shorter of breath and one day closer to death
Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time is gone the song is over, thought I'd something more to say

Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away, across the field, tolling on the iron bell
Calls the faithful to their knees
And hear the softly spoken magic spell

"Time" - Pink Floyd