sábado, abril 22, 2006

Rita...

Devo estar simplesmente doido ao escrever algo deste género, mas começo a pensar nas coisas de outra maneira desde que as entendi. Tive que fechar a porta do meu quarto. Uma porta fechada serve sempre para aquecer mais um pouco, ao som de mais mil e uma músicas deprimentes. É verdade que a saudade me corroi a alma, me faz doer os nós dos dedos nos dias mais frios, e me turva o pensamento, mas deixando de parte essas detestáveis metáforas, sinto-me sem ti.
Da ultima vez que quis falar contigo, percebi que nos ultimos anos ou só eu cresci o suficiente para entender muitas coisas, ou só eu mudei. Morro de saudades tuas sem dúvida. Não há um dia que passe em que não lamente certas coisas que fiz. Mas não lamento nada este tempo que passou. Deu para crescer, para conhecer, para aprender e mais do que tudo para evitar.
Ninguem é como antes, ou depois, seremos sempre quem somos, apenas de maneiras diferentes.
O amor estará sempre por lá. Seja numa Rita, numa Susana, numa Sónia, seja em que nome for. Agora o amor inventado por duas pessoas, numas escadas dum prédio envelhecido com carácter de urgência, estará sempre em nós, neles, em que esquece, em cada olhar em cada esquina. O amor inventado com urgência é e será sempre o que nos move a acreditar.