sábado, agosto 12, 2006

Fim de tarde


Penso claramente que a humanidade chegou ao seu limite. Sempre pensei que seria dos Portugueses, em muito provincianos e fechados numa mentalidade mais do que obsoleta e perdida nos confins da gaveta da inteligência.
Vejo que todos criticam guerras com ou sem sentido, até porque o que é bom é criticar e não entender o que se passa sequer à nossa volta.
As pessoas na sua grande maioria tornaram-se de tal maneira fúteis que não conseguem aproveitar metade do que lhes é dado. Refugiamo-nos na nossa própria ignorância e bebemos da nossa própria incompetência face ao que amamos.
Sim, isso mete-me nojo, quando quero simplesmente existir. Quando falo de países nórdicos onde as pessoas são civilizadas, sim nesses países no cantinho da Europa, no topo do mundo, vejo que se dá valor ao que se tem. Seja aquele raiozinho de sol que espreitou por entre as nuvens numa tarde Outonal, seja pelo calor que nos beija o corpo em mais um dia de Verão.
Vejo futilidades todos os dias, mas vejo cada vez mais que as pessoas tomam o caminho mais simples e aspiram apenas por ser mais do que alguém do que aspiram por ser alguém.
Sinto que morro lentamente… Ao ouvir o sabor de outros países, ao beber o som de outras gentes, e assim morro lentamente em mais uma etérea melopeia de fim de tarde.