segunda-feira, novembro 28, 2005

"Epiphany"

Your words to me just a whisper

Your face is so unclear

I try to pay attention

Your words just disappear'

Cause its always raining in my head

Forget all the things I should have said

So I speak to you in riddles because

My words get in my way.

I smoke thewhole thing to my head and feel it

wash away 'cause i can't take anymore

of this, I want to come apart.

or dig myself a little hole inside

your precious heart

'Cause its always raining in my head

Forget all the things I should have said

I am nothing more than a little boy inside

That cries out for attention

yet I always try to hide

'Cause I talk to you like children,

Though I don't know how I feel

But I know I'll do the right thing

If the right thing is revealed

'Cause its always raining in my head

Forget all the things I should have said

...

domingo, novembro 27, 2005

Spesições "Saudades de mim"

Já passou quase um mês desde que se deu inicio à exposição "Saudades de mim" e infelizmente só agora tive tempo e provavelmente paciência para escrever algo de modo a explicar o que se passa por lá.
Inicialmente quando me propus a expor algo, nunca tinha tido como objectivo principal a fotografia.
Toda a exposição mostra fragmentos do meu passado. Talvez seja mais correcto chamar-lhes memórias pois não são mais do que isso.
Infelizmente em Portugal, temos muito receio de expor/afirmar, o que sentimos por alguém ou por algo num determinado momento. Todos nós amamos, odiamos, deprimimos, choramos, mas raramente o admitimos.
Durante algum tempo quis amar como nunca ninguém o tinha feito, tenho acabado por cair num abismo intransponível. Em “Saudades de mim”, tentei captar mesmo isso. Através de textos escritos no momento, ou fotografias quase premonitórias, consegui delinear um bom pedaço de uma vida que acabou por se tornar algo por vezes idealizado. Como exemplo gostaria de referir uma foto em especifico, em que uma rapariga aparece olhando para o lado. Numa conversa que tive com um amigo, referi a incrível ironia premonitória da foto. Após tanto tempo parece que essa mesma pessoa continua a olhar para o lado, apesar de lá estar presente.
Todas as fotos e textos falam mesmo sobre isso, indo a um nível mais profundo nos textos ao assinar como J. West ou como E. West. A criação de pseudónimos foi no meu ver uma tentativa bem conseguida de colocar personagens do lado de fora, observado por vezes os níveis de desespero que consegui atingir.
Muito mais fica por dizer sobre a exposição, mas penso que com isto consegui referir os pontos essenciais de tudo isto.
Agradecia desde já e convido quem gostou da exposição, a escrever para o meu e-mail (orpheusmyth@gmail.com). Vi que apenas uma pessoa comentou algo, ficando um pouco em anonimato e por isso convido a SaraP e quem quiser a escrever para o mail.

Para ti que mesmo olhando para o lado nunca deixaste de me ver...

domingo, novembro 20, 2005

Eu...

O fim de tarde esperava-se como tantos outros, com aquela música que todos os dias ecoava incessantemente nas paredes dos velhos prédios sujos, pelas diversas camadas de história que os cobriam. Na rua, uns jovens jogavam basket ao som da música que se fundia com o ar quente e abafado de fim de tarde, tornando o ambiente um tanto melancólico. Na entrada de um dos prédios sem vida descansava um velho, que parecia já pertencer há muitos anos a todo aquele ambiente tão maravilhoso como pesado e hostil. No fundo da rua três crianças contemplavam o céu, conseguindo ser por instantes mais livres do que as nuvens que numa paz impressionante, percorriam vagarosamente aquele vasto manto azul.
Num dos prédios vivia Nicholas, um jovem rapaz de idade incerta e espírito envelhecido por toda a sua atribulada e complicada vida. Mais uma vez, como todos os dias Nicholas regressava a sua casa que mais parecia um poema tornado realidade. As paredes cobertas por um papel de padrão quase irreconhecível. Flores para uns, sujidade para outros. O chão era de uma madeira gasta e encontrava-se corroída pelo imperdoável passar do tempo.
Nas estantes encontravam-se livros com as mais diversas cores e tamanhos, que davam um ar um tanto intelectual ao ambiente dentro da casa.
Como em todos os fins de tarde, Nicholas pegava na sua velha bicicleta e rumava em direcção a um pequeno porto que existia nos confins de Brooklyn, para admirar o fantástico pôr do sol, hábito que ele iniciara no dia em que a tragédia aconteceu, e em que ele aprendeu a amar.

sábado, novembro 19, 2005

Tu...

Passeio errantemente em sonhos de quem não escolhi sonhar. Cada vez mais amo o vazio que me solta o coração, sem nunca esquecer quem amei, por quem sofri, as maneiras e vezes por quem morri, aquela puta de porta que nunca consegui fechar.
O medo cai em mim como um manto ténue que me teima em não me largar. Sinto-me sem nunca me sentir.
A música dos seus olhos preenche-me a mente já desterrada no chão seco e árido, povoado pelos despojos da alma.
Sinto a tua falta nestes dias frios de Inverno. Falta do teu cabelo, falta do teu calor, dos teus lábios doces e dos olhos cor de mar.
Doem-me os olhos de escrever por ti, para ti, sobre ti. Estas coisas têm o valor que têm que é nenhum, a menos que sejam lidas pela pessoa certa.
Perdi-te em mim, mas nunca te esquecerei “fallen angel”.
Sempre aqui...