quinta-feira, janeiro 28, 2010

O teu olhar é tudo o que resta de mim,
tudo o que resta é o arrependimento e a mágoa que ficou.
Resta-nos o tempo de ficar, de sair sem partir.
Resta-nos partir dos que ficam sem ti.
Restam-nos as noites de suor e beijos frios,
restam-nos as cidades que tomamos como castelos,
castelos presos no vento,
no vento,
no tempo,
presos no cabelo que como seda caía em mim.
No fim fica o pó que se acumula sobre mim.
Se te perdesse nas ruas,
numa cidade,
ficavas tu nos cinzas do passeio,
no que seca nas ruas nos dias sem ti.
o que chove assim num dia em que decidimos ficar.
Ficamos nos dias que estariam para vir.
Ficamos sem ti,
ficamos sem ti,
enquanto te perco aqui.