sábado, novembro 28, 2009
Por vezes fico sem saber o que fazer. Perco-me tão facilmente em mim, no que sou, no que fui. Perco-me por não me perder e continuo sem saber o que fazer. Vejo um filme e suspiro. Olho pela janela e vejo a noite, pintada com luzes que desenham caminhos. Luzes que desenham vidas, que desenham pessoas. Vejo passar por mim os dias de te ver. Os dias que falámos sem o fazer. Dos dias que ansiámos sem nunca os ter. Esqueço-me de ti, mas voltas pela noite. Voltas na dor que me rasga a pele. Voltas nos desenhos que me marcam o corpo. Espero sem ti, espero por mim. Lá ao longe passas novamente por mim. Olho pela janela mais uma vez, para te ver. Abraçando a noite que me trás o frio, que te trás para mim.