O ódio transforma tudo em tempo.
Tempo de te querer, de te beijar, de te ter
sobre mim, dentro de mim.
O tempo transforma-se no ódio de te ter
no tempo de te ver.
Sobre os pássaros que voam dentro de mim resta-me o ar,
resta-me o corpo que te toca, que te sente, mas que não é meu.
Fecho os olhos para te ver, para não chorar
para não morrer pelos sonhos que deixas ao longe
pelos beijos que soltas num corpo que não é meu.
Perco-te ao longe enquanto te escrevo mais uma vez.
Tu partilhas o teu corpo belo com o suor que te beija o rosto
que não me pertence, que nunca irá ser meu.
Lá ao longe deixo-te fugir pelas noites que ansiava para mim
enquanto tu dentro de alguém, com alguém dentro de ti,
fugias-me por entre os dedos, por entre o meu corpo só.
segunda-feira, março 22, 2010
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