Os invasores
Enquanto fujo dos invasores, luto com o cabelo que me escorre pela cara. Ofegante, busco pelas réstias de energia que me percorrem o corpo já morto. Os invasores nunca se cansam, raramente se perdem. Os invasores, sim esses invasores, continuam-me a seguir de olhos ávidos de vazio, sedentos de silêncio. Curvo mais uma vez numa rua estreita. Mais e mais uma vez. Perdido nas ruas estreitas, nas sombras, nos meus pensamentos, luto apenas para que nunca me encontrem. Luto para que os invasores não me alcancem por fim.