sexta-feira, agosto 17, 2007

Depois de ti ficamos nós

Perdido no vento
agarras-me com as tuas garras de aço que me fazem doer os olhos
por não conhecer
aceitar o que fui
querer fugir, voar de mim ou sonhar quando te quis saber sozinha
numa praça qualquer.
cheio de tristeza no coração voo ao teu lado
num turbilhão que me faz arder a pele
seca por passados que não soube queimar
a pele e os lábios humedecidos pela verdade crua que agora vejo
e amo num lamento outonal de coisas que me trouxeste de países distantes
que tão perto e dentro de mim nunca me fizeram partir.
sou eu,
sou a chuva dum fim de tarde que ficou por escrever.