segunda-feira, setembro 28, 2009

Veio mesmo na altura certa. É um texto grande mas vale a pena ler.

"It's not easy being in a relationship, much less to truly know the other one and accept them as they are, with all their flaws and baggage. Jack confessed to me his fear of being rejected if I truly knew him, if he showed himself totally bare to me. And to truly love each other we needed to know the truth about each other, even if it's not so easy to take. Jack realised after two years that he didn't know me at all, nor did I know him. (...) I confessed the toughest thing for me was to decide to be with someone for good - the idea that this is the man I'm going to spend the rest of my life with. To decide that I will make the effort to work things out and not run off the minute there is a problem is very difficult for me. I told him I could not be for just one man for the rest of my life. It was a lie, but I said it anyway. He asked me if I thought I was a squirrel, collecting men like nuts to put away for cold winters. I thought it was quite funny. Then he said something that hurt my feelings. The tone changed drastically. Then I misunderstood him. I thought he meant he didn't love me any more - and wanted to break up with me. - You wanna break up with me?

It always fascinated me how people go from loving you madly to nothing at all, nothing. It hurts so much. When I feel someone is going to leave me, I have a tendency to break up first before I get to hear the whole thing. Here it is. One more, one less. Another wasted love story. I really love this one. When I think that its over, that I'll never see him again like this... well yes, I'll bump into him, we'll meet our new boyfriend and girlfriend, act as if we had never been together, then we'll slowly think of each other less and less until we forget each other completely. Almost. Always the same for me. Break up, break down. Drunk up, fool around. Meet one guy, then another, fuck around. Forget the one and only. Then after a few months of total emptiness start again to look for true love, desperately look everywhere and after two years of loneliness meet a new love and swear it is the one, until that one is gone as well. There's a moment in life where you can't recover any more from another break-up. And even if this person bugs you sixty percent of the time, well you still can’t live without him. And even if he wakes you up every day by sneezing right in your face, well you love his sneezes more than anyone else's kisses."

from "2 Days in Paris"

domingo, setembro 27, 2009

A minha vida tem sido assim. Ao deitar, tomo dois comprimidos avermelhados. Toldam-me a mente, tornam-me inerte, fazem-me dormir, sonhar. Acordo, tomo mais dois comprimidos que me fazem sorrir. Corro, ando, percorro os dias com sorrisos de químicos que me cobrem os olhos com coisas felizes.
Durmo mais um dia, acordo mais outro. Esqueço-me dos comprimidos e voltam os sonhos que deixei para trás.
Mais um gole de água, mais dois comprimidos avermelhados. A noite que já caiu há muito tempo, envolve-me agora com os seus braços frios. Sinto o meu corpo entorpecido pelo que está a chegar. Arrasto-me para a cama para acordar, não para sonhar. Até adormecer, até esquecer, nos segundos antes de adormecer embalado pela noite, sonho, lembro-me com saudade dos tempos em que vivias dentro de mim.
Agora durmo, esqueço.
Durmo, porque amanhã o dia começa. Com mais dois comprimidos que me fazem aguentar.

You didn't wait

Não entendo como nasce o ódio entre duas pessoas que nunca o partilharam. Vejo ódio na guerra, em lutas que não as nossas, em pessoas que nunca nada partilharam. Não entendo como desaparecemos em nós. Como caímos tão profundo em nós que já ninguém nos pode encontrar. Lutas contra mim sem que eu mais possa fazer. Voas incessantemente sobre mim que caio agora no chão que deixaste para trás.
Não quero mais lutar, não quero mais ver-te perder em ti. Quero-te dentro de mim. Quero-te dentro de mim. Quero-te dentro de mim. Quero-te dentro de mim. Não voes para longe onde não dói. Perde-te em mim. Perde-te por mim. Não voes para longe onde não dói. Não voes para longe para onde já não dói.
Deixas-me fugir, deixas-me ficar. Não te quero ver voar, não te quero ver ficar.
Quero-te dentro de mim
Quero-te dentro de mim
Quando o tempo já não faz, quando o tempo já não dói. Sais de dentro de mim para te perderes por aí. Foge para mim, rasga-me a carne que sobra para ti. Rasga-me o corpo que fica para ti. Quero-te dentro de mim, quero-te dentro de mim. Foi nos dias de te ver que ficava sem ti. Foi nos dias de te perder que ficava sem ti. Voas, deixas o chão sem saber voar. Perdes-te nas pedras que deixaste para mim, perdes-te nos tempos, no chão, no vazio dos dois, nos tempos que não o são.
Deixa-te para mim.
Para mim, que te quero dentro de mim.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Porque por vezes deparamo-nos com coisas sem sentido que até fazem algum sentido.

There's no need to argue anymore.
I gave all I could, but it left me so sore.
And the thing that makes me mad,
Is the one thing that I had,

I knew, I knew,
I'd lose you.
You'll always be special to me,
Special to me, to me.

And I remember all the things we once shared,
Watching T.V. movies on the living room armchair.
But they say it will work out fine.
Was it all a waste of time.

'Cause I knew, I knew,
I'd lose you.
You'll always be special to me,
Special to me, to me.

Will I forget in time, ah,
You said I was on your mind?
There's no need to argue,
No need to argue anymore.
There's no need to argue anymore.

(Cranberries)

quarta-feira, setembro 23, 2009

Bem este blog faz 4 aninhos. Portanto parabéns :).

terça-feira, setembro 22, 2009

The rest of our lifes

Talvez não faça sentido algum o que escrevi, mas alguém há de encontrar aqui algum sentido.

Trees and kings and lemony drops fields.
Dazzling trough my eyes
painting stripes as you pass by
wobbling trough the smile you could have done.
As I see the good life I could have
we smile for the rest of our lifes
trees and kings and lemony drops fields
singing to the sun and to the dark
lightening the sun with leaves we left by.
As you turn me back in the night
I just smile you back
as you smile into the wind
as the queen of what you don't have
as the queen of the one you don't love.
And if you turn to me as like
a tree dances with the wind
I would be a king dancing in the sun.
Trees and kings and lemony drops fields.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Sou os dias tristes que se tocam entre sim,
sou a noite fria que me toca nos dedos,
sou os dias que não são
sou os dias assim
sou os dias que passam por mim.
Debruço-me na janela e eis que me misturo na noite
trago palavras nos cabelos
e melodias na pele que se rasga em mim.
Sou os espaços que quis preencher
e os espaços onde me deixaste perder.
Sou os dias assim,
sou os dias que passam por mim.

domingo, setembro 06, 2009

Bem o Verão está a acabar e com este fim chegam tempos que raramente gosto de ver passar. Talvez porque trago nos ombros memórias como folhas que vieram do Verão. Custa-me entrar no Outono agora que estou só. Sinceramente recuso-me a escrever. Não quero escrever mais. Não quero falar mais.
Ao longe estás tu, mas não quero falar mais. Ao longe estás tu, mas não quero escrever mais. Vi-te num dia assim e agora estás tu perdida nas folhas que trago nos ombros e no vento que trago no cabelo. Fazes-me querer ser uma pessoa melhor dizia eu para a noite fria de terras do norte. Embebecido pelas tuas palavras soltava a noite à nossa volta com as árvores que caíam sobre nós. Contigo sem mim, lá estava eu deitado na noite. Não quero escrever mais. Não quero falar mais. É a dor de sem ti não conseguir dizer que te perdi. Não quero escrever mais. Deixo apenas as palavras que já escrevi.